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Dia 26 de Setembro

Saiba mais sobre a importância do dia de hoje para a inclusão social da comunidade surda

Por Jéssica Blaine

Quando falamos de setembro, já vem em nossas mentes, quase que no automático: “setembro amarelo” (o mês voltado para a prevenção do suicídio), mas você sabia que este mês também é conhecido como “setembro azul”, um mês dedicado a celebrar a comunidade surda e a inclusão dos surdos na sociedade?

Pois é, este mês é marcado por diversos eventos e datas importantes voltadas a comunidade surda, sendo uma delas comemorada no dia de hoje: Dia Nacional do Surdo (26/09). Objetivando celebrar esta data tão significativa, lhe responderemos algumas das curiosidades e dúvidas mais frequentes sobre este assunto.

Imagem gráfica com fundo azul escuro e pinturas de mãos em diferentes tons de cores frias, dispersas sobre o mesmo. Centralizado, sobre as mãos, em letras brancas: 26 de setembro e em destaque: Dia Nacional do(a) Surdo(a). Na base da imagem o fundo é branco, a esquerda, está a logo da SIPAD e a direita, a da UFPR.
Arte: Tainara Alexandre

Por que hoje?

O Dia Nacional dos Surdos foi instituído através da Lei nº 11.796, decretada em 29 de outubro de 2008 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas por que o dia 26?

No dia 26 de setembro de 1857 foi inaugurado o Instituto Nacional de Educação de Surdo (INES), na cidade do Rio De Janeiro. Esta foi a primeira escola para surdos em todo o Brasil e é exatamente por este motivo que o Dia Nacional dos Surdos recebe esta data.

Um dia para nos reeducarmos

O respeito à comunidade surda deve ser um estilo de vida. No entanto, o dia de hoje nos dá a oportunidade de enfatizar ainda mais a importância da quebra de paradigmas preconceituosos e da propagação dos direitos de inclusão das pessoas surdas brasileiras. Então surge a seguinte questão que a maioria dos brasileiros desconhece: quais seriam esses direitos?

Já em 2010, segundo dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possuía 10 milhões de pessoas surdas, o que equivale a 5% da população brasileira. Desse total, cerca de 2% apresentam perdas auditivas de severas a profundas, comunicando-se pela língua brasileira de sinais e, em sua maioria, integrando uma minoria linguística no Brasil que utiliza o português escrito como segunda língua. O acesso à comunicação e informação em Libras é o principal direito a ser respeitado, na educação, na saúde, na programação de TV, na cultura e nas artes em geral. É por tal motivo que não devemos deixar este dia passar em pura reflexão. Precisamos cooperar na defesa da acessibilidade linguística para a comunidade surda, e não há maneira melhor do que fazer dessa data uma luta constante pelos direitos dessas pessoas.

Azul, porquê?

 A cor azul é a cor que representa os surdos e surdas. Inclusive, um dos mais presentes e conhecidos símbolos adotados pela cultura surda é a fita azul, que foi introduzida no Congresso da Federação Mundial de Surdos em julho de 1999 em Brisbane, na Austrália.

O evento tratou sobre a luta dos(as) surdos(as) em todo o decorrer da história humana e foi neste dia e local que a cor azul foi escolhida para representar “O Orgulho Surdo“, com o objetivo de homenagear todos os que morreram depois de serem nomeados como “surdos” durante o reinado da Alemanha nazista.

Desde então, a cor azul tem representado a força, capacidade e coragem que a comunidade surda vem provando ter cada vez mais, em defesa de seus direitos linguísticos e sociais.

Como a data é comemorada pela UFPR?

Ao se aproximar o mês de setembro, alguns eventos próprios da data começam a “dar suas caras”, inclusive eventos produzidos pela nossa universidade (UFPR). No entanto, devido à pandemia e ao distanciamento social, essas cerimônias tiveram seus formatos modificados.

Uma dessas ações que temos o orgulho de chamar de nossa e que tem se engajado na integração dos surdos na comunidade estudantil, inclusive neste período de quarentena, é o NEL – Núcleo de Ensino de Libras, um espaço linguístico e cultural, vinculado ao Curso de Licenciatura em Letras Libras da UFPR, que atua com atividades de extensão e oferta cursos de Libras à comunidade, de forma totalmente gratuita. O curso é composto por 25 encontros semanais, com aulas de 4 horas de duração. As aulas, em período pré-pandemia, aconteciam aos sábados, das 08h às 12h. Desde 2016, uma média de 240 ouvintes por ano aprendem a linguagem de sinais no NEL.

Infelizmente, neste ano, o projeto foi obrigado a suspender o curso por período indeterminado, devido a quarentena.  No entanto, eventos online estão sendo realizados. No mês passado (agosto), com a ação do Letras Libras/NEL, foram produzidas lives durante 3 dias sobre educação Bilíngue na Pandemia, através do canal do YouTube.

Deseja se inteirar mais sobre o projeto? Assista o vídeo à seguir e aproveite para acompanhar as redes sociais do NEL.

Nossa mensagem para vocês, estudantes e docentes que pertencem a comunidade surda da UFPR:

O NAPNE (Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais) tem orgulho de cada docente e aluno(a) que compõem a comunidade surda da Universidade Federal do Paraná.

Com o objetivo de representar todos vocês, convidamos a estudante Mylena Barreto Chan, do curso de “Medicina Veterinária”, para nos falar um pouco sobre a importância deste dia para ela e prestigiar os seus colegas surdos. Veja o depoimento de Mylena, na íntegra, no vídeo abaixo.

Jéssica Blaine é Acadêmica de Jornalismo da UFPR e Bolsista do Programa Incluir- Napne

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