1) Organização de rede de combate à violências na UFPR
1.1) Desenvolvimento de campanha UFPR sem violências junto com PRAE e com coordenações de cursos. Meta para primeiro semestre de 2022 desenvolver campanha com cursos de Filosofia e de Engenharia Mecânica, com os quais forma pactuados inicialmente.
Procedimentos: Criação de logo e de materiais informativos sobre a campanha. Realização de reuniões de planejamento junto com coordenações. Apresentação da campanha no Fórum de Coordenadores da UFPR. Realização de rodas de conversas e palestras, conforme demandas locais a serem apresentadas pelas comunidades acadêmicas dos
cursos. Campanha de divulgação a ser realizada junto com SUCOM Publicação em meios virtuais e impressos de informativos sobre prevenção as formas de violência e sobre estrutura de atendimento de vítimas de discriminação do Acolhe UFPR.
1.2) Desenvolvimento de rede de apoio e prevenção às formas de violências, com oferta de cursos, em colaboração com a PROGEPE.
Formação de servidoras/es docentes e técnico/administrativos que atuem como ponto inicial de escuta e encaminhamentos. Todos os cursos foram realizados na plataforma UFPR virtual e contam com material autoral, produzido ou revisado, com encontros síncronos e atividades assíncronas.
1.2.1) Formação para acolhimento de casos de violência de gênero, curso de
extensão de 30 horas para servidoras/es da UFPR;
O curso foi desenvolvido com material autoral pelo servidora docente Dayana Brunetto e revisão por pares. Teve seu desenho instrucional realizado pela servidora Melissa Milleo Reichen em 2020. Toda a revisão e implementação foi realizada pela bolsista PIBIS Andressa Thaís com orientação da Coordenadora de Políticas Afirmativas Nathália Savione
Machado e Dayana Brunetto. Contou com Tutoria da prof Dra Inajara Rotta.
2. Interseccionalidade de gênero e nacionalidade na UFPR
A questão migrante é marcada por diversos determinantes de identidades, verificando-se na prática uma soma de vulnerabilizações decorrentes da sobreposição das questões de gênero, raça, etnia e religião, dentre outras. No tocante aos temas de gênero, verifica-se em diversos espaços da UFPR (ações de extensão, cursos de capacitação para o aluno UFPR, debates nas aulas de disciplina do ano zero) o relato frequente de migrantes e refugiades que sofrem a dupla discriminação, em decorrência do preconceito que sofrem por parte de colegas brasileiros mas também de colegas conterrâneos, sobretudo daqueles com nacionalidades de países mais conservadores. É comum a manifestação de reclamações de machismo, de LGBTQIA+fobia,além de migrantes afirmando que não há ninguém que não seja heterossexual em seu país de origem ou de que as mulheres africanas não fazem manifestação ou não reivindicam igualdade porque na sociedade africana somente os homens estão nos espaços mais altos de poder e as mulheres lá concordam com isso. Nesses casos, sempre são feitas rodas de conversas, esclarecimentos, debates, além de elaboração de material educativo para explicar a complexidade do tema e a importância de aceitar as diferenças. Um exemplo concreto foi o material e as aulas em Curso de Capacitação da Sipad e também a inclusão de temas correlatos no Material Didático usado nas aulas de Português do Ano Zero, denominado “Passarela – Português como língua de acolhimento para fins acadêmicos“.