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ABRIL INDÍGENA: Sugestões da SIPAD-UFPR para você acompanhar o movimento

Por Beatriz Vieira


Em tempos não pandêmicos o mês de abril é marcado pelo Abril Indígena, momento em que povos indígenas no Brasil organizam o Acampamento Terra Livre (ATL) em Brasília. Neste ano, com as implicações do coronavírus, o ATL está acontecendo nas mídias digitais. O acampamento teve início em 2003, quando um grupo de Guaranis, Kaingangs e Xoklengs acampou na Esplanada dos Ministérios, e inspirou a mobilização anual em Brasília.
O ATL tem como centralidade a luta pelos territórios indígenas que recorrentemente sofrem ataques e invasões por fazendeiros, pelo garimpo ilegal, pela extração ilegal de madeira, dentre outras atrocidades que vêm de “brinde” com essas formas de exploração da terra. Além disso, a definição e a a execução de políticas públicas nas áreas de saúde, educação e sustentabilidade são pautas do ATL. A cada encontro anual, são gerados documentos finais com as principais reivindicações do movimento.

Fotografia de uma mulher indígena ao centro com uma criança no colo, os olhos pintados de urucum e um chocalho na mão. Ao fundo uma multidão de indígenas e alguns prédios. Acima da foto está escrito em vermelho "ABRIL" e abaixo "INDÍGENA".
Foto: Divulgação


Em apoio às mobilizações do Abril Indígena, indicamos aqui algumas pessoas, acadêmicos/as, artistas de várias linguagens para você acompanhar o movimento de várias perspectivas.

Acadêmicos/as para conhecer e acompanhar

Fotografia de Joziléia Kaingang, em fundo colorido, ela está com brincos de pena e cabelo preso.
Foto: Noticiário UFSC

Joziléia Kaingang

Doutoranda em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestra em Antropologia Social pela mesma universidade. Coordenadora pedagógica da Licenciatura Intercultural Indígena. Especialista em Educação de Jovens e Adultos Profissionalizantes na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Graduada em Geografia – Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó). Experiência na área de Antropologia Social, com ênfase em interdisciplinar, nos temas: mulheres indígenas, arte indígena, saúde sexual, indígenas e universidade.

Fotografia de Gersem Baniwa gesticulando.
Foto: Reprodução YouTube

Gersem Baniwa

Gersem José dos Santos Luciano é indígena do povo Baniwa, de São Gabriel da Cachoeira (AM). Graduado em Filosofia pela Universidade Federal do Amazonas (1995) e mestre em Antropologia Social pela Universidade de Brasília (2006). Foi secretário municipal de educação de São Gabriel da Cachoeira, co-fundador da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) e da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN). Atualmente é professor do curso de Licenciatura Específica Formação de Professores Indígenas da UFAM.

Artistas indígenas

Fotografia PB de Katú Mirim. A artista está centralizada e com uma marca de jenipapo abaixo dos olhos.
Foto: Acervo pessoal

Katú Mirim

Katú é do povo Boe-Bororo. É uma rapper, cantora, compositora, atriz e ativista da causa indígena.
Reconhecida por suas letras, que através do rap/trap, recontam a história da colonização pela ótica indígena e por levantar questões, até então pouco discutidas no cenário musical atual, como a demarcação de terras, o indígena no contexto urbano, o resgate da ancestralidade, o uso indiscriminado da cultura indígena e a forma como são tratados os indígenas no Brasil.

Fotografia do grupo Oz Guarani em PB, olhando para cima, três indígenas atrás e Werá, uma indígena a frente. No fundo, um chão cheio de folhas.
Foto: Grandes Vozes

Oz Guarani

Inspirados por Racionais MC’s e Sabotage, o trio Jefinho, Mano Glowers e Vlad Macena se aproximou durante protestos contra a reintegração das aldeias Tekoa Pyau e Tekoa Ytu, no Jaraguá em São Paulo/SP. Cantam na língua nativa pela resistência e fortalecimento da luta indígena.

Fotografia de Denilson Baniwa, ele está do lado direito, com um manto e uma máscara de onça, com bermuda e descalço.
Foto: Behance

Denilson Baniwa

É um artista brasileiro, curador, designer, ilustrador, comunicador e ativista dos direitos indígenas. Conhecido como um dos artistas contemporâneos mais importantes da atualidade por romper paradigmas e abrir caminhos ao protagonismo dos indígenas no território nacional.

Fotografia de Sallisa Rosa, deitada em um rio, com um macacão vermelho, segurando um espelho, de olhos fechados
Foto: Divulgação

Sallisa Rosa

Se dedica a investigações contemporâneas de imagens e temas que a atravessam, dentre os quais a própria identidade e o universo feminino, assim como futuro, ficção e descolonização. Usando fotografia, vídeo e outras estratégias, propõe investigações e experiências em torno da identidade nativa contemporânea da cidade.

Fotografia de Gustavo Caboco no MUSA-UFPR. Ele está segunda uma linha vermelha que está entrelaçada em em seu corpo. Do lado esquedo e ao fundo está sua mãe, indígena wapichana. Mais ao fundo as pessoas que estiveram no momento assistindo a performance.
Foto: Divulgação

Gustavo Caboco

Sua trajetória e pesquisa de retorno à origem indígena guiam o processo de produção nas artes visuais. Gustavo nasceu na capital paranaense e cresceu num ambiente urbano com as histórias da sua mãe: uma Wapichana, da terra indígena Canauanim, do município de Cantá – Boa Vista, Roraima. Lucilene saiu da aldeia aos 10 anos de idade, em 1968, e suas histórias, sementes, que a acompanham, em conjunto com o retorno que realizaram em 2001, onde foi apresentado à sua avó e familiares indígenas, traçaram o seu destino como artista. Gustavo se encontrou no desenho, no texto, no bordado, no som, na escuta e no Caboco formas de dialogar com as atualidades indígenas e identidade indígena.

Fotografia de Jaider Esbell, ao fundo algumas de suas produções, ele está com os braços abertos, um manto que ele pintou e um cocar.
Foto: Divulgação

Jaider Esbell

Artista, escritor e produtor cultural indígena da etnia Makuxi. Nasceu em Normandia, estado de Roraima, e viveu, até aos 18 anos, onde hoje é a Terra Indígena Raposa – Serra do Sol (TI Raposa – Serra do Sol). Antes de ser artista, habilidade descoberta na infância, Esbell percorreu diversos caminhos, acreditava, levariam à plena condição de manifestar suas habilidades.

Cartaz da exposição Netos de Makunaimi. Na parte de cima está uma obra de Jaider Esbell, que representa um sapo, o quadro é composto por vermelho, verde, branco e vermelho. No meio no cartaz, em tarja verde, o título da exposição, o cronograma '28/11 a 30/4', abaixo o endereço do MUSA e ao lado direito "Encontros de arte indígena contemporânea". Abaixo disso, o nome das curadoras "Ana Elisa de Castro Freitas e Paula Berbert", e tabém 'Entrada franca". Na parte debaixo do Cartaz está uma obra de Gustavo Caboco de apresenta algumas bananas em fundo veremlho, com pessoas desenhadas em cima das bananas como se fossem redes. Ao lado, os logos do MusA, da UFPR e da PROEC.

Assim que o isolamento social em que todos estamos acabar, visite a exposição de Gustavo Caboco e Jaider Esbell, Netos de Makunaimi no MUSA-UFPR, está imperdível!

Cartaz do Abril Indígena UFPR 2020. Ao fundo um galho com algumas esculturas de pássaros no fundo azul petróleo. Do lado inferior direito o título e abaixo "Cultura e arte em tempos de pandemia', abaixo disso os logos da UFPR, PROEC, MAE, PET LITORAL INDÍGENA e da SIPAD.

O MAE (Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR) realizou uma programação online durante o Abril Indígena, você pode ter acesso aqui.

Escritores indígenas

Fotografia de Daniel Munduruku. Ele está com uma faixa no cabelo vermelha, um colar preto e cabelo nos ombros.
Foto: acervo pessoal

Daniel Munduruku

É um escritor e professor brasileiro. É graduado em filosofia, história e psicologia. Fez mestrado em Antropologia social pela USP, doutorado em Educação também pela USP e pós-doutorado em Literatura pela UFSC-Car.

Fotograifa PB de Eliane Potiguara, ela está sorrindo, usando brincos de flore.
Foto: Divulgação

Eliane Potiguara

É escritora, poeta, ativista, professora, empreendedora social de origem étnica potiguara de seus avós, migrantes nordestinos. É formada em Letras e Educação pela UFRJ e extensão em Educação e Meio ambiente pela UFOP. É contadora de histórias. 


Cinema indígena

Fotografia em PB de Takumã Kuikiro com uma câmera, ao fundo desfocado dois indígenas.

Takumã Kuikuro

É um premiado cineasta indígena, do povo Kuikuro. Vive na aldeia Ipatse, no Parque Indígena do Xingu. Ele fez o primeiro curso de audiovisual com o projeto da organização Vídeo nas Aldeias, e posteriormente estudou cinema na Escola de Cinema Darcy Ribeiro.

Cartaz do filme 'As Hiper Mulheres' em fundo rosa. Do lado esquerdo uma mulher indígena como se estivesse chamando alguém e ao fundo um grupo de mulheres indígenas em fileira.

Documentário dirigido por
Takumã Kuikuro, Leonardo Sette, Carlos Fausto , 2011
Fotografia colorida de Isael e Sueli Maxakali. Isael do lado esquerdo e Sueli do lado direito em fundo lilás.
Foto: Mekukradjá

Sueli e Isael Maxakali

A/o cineastas Sueli e Isael Maxakali, do povo Maxakali, falam sobre a questão territorial, cada vez menos suficiente quanto mais cresce a população. A escassez de recursos naturais dificulta o plantio e a disponibilidade de água tem sido afetada.
Confira aqui um dos filmes realizados.

Para acompanhar a movimentação do cinema indígena, acesse o site Vídeo nas Aldeias, projeto que desde 1986 impulsiona o audiovisual nas aldeias.

Iniciativas de Comunicação por indígenas

Logo da Mídia Índia: um círculo preto, uma tarja vermelha com uma ilustração de olhos direcionando o olhar  para a direita. Abaixo Midia Índia numa tarja preta, escrito em branco, e abaixo escrito 'A voz dos Povos'.

Mídia Índia

Desde 2017, está no ar o projeto em que os próprios indígenas escrevem e divulgam conteúdos voltados tanto para informar a sociedade em geral quanto para discutir temas importantes entre seus pares. A iniciativa foi idealizada pelo jornalista Erisvan Bone, do povo Guajajara, do Maranhão. Os conteúdos são divulgados em redes sociais, como Facebook e Instagram.

Em fundo branco, o logo da Rádio Yandê que representa um cocar. A logo está em vermelho e amarelo, é formada por quatro arcos que se expandem, como o símbolo de sinal wifi. Ao centro há um símbolo em formato de pena amarelo.

Rádio Yandê

A Rádio está no ar desde 2013, sua sede está localizada no Rio de Janeiro. A programação da Rádio além de informar sobre as realidades das populações indígenas, também traz conteúdos educativos e muita música indígena contemporânea.

Logo da mídia de Comunicação "Visibilidade Indígena: um retângulo vermelho, escrito do lado esquerdo "visibilidade indígena' e do lado direito um punho cerrado com um grafismo no punho, uma pena azul, em fundo preto redondo, com pontas ao redor como se fosse um sol.


Visibilidade Indígena

É um espaço de enaltecimento e reconhecimento da potência que as 308 etnias do Brasil têm. Uma plataforma de conteúdo variado que engloba o CINENATIVO
plataforma de streaming dedicada à produção audiovisual indígena.

Outras sugestões

Logo do Mekukradjá em fundo amarelo, ao centro escrito em lilás dentro de um retângulo, abaixo uma barra e 'C' escrito em preto.
Foto: Divulgação

Mekukradjá

É uma iniciativa do Itaú Cultural para produção de podcasts apresentada por Daniel Munduruku, onde são abordadas questões sociais, culturais, políticas e artísticas das etnias do Brasil.
Os episódios estão disponíveis no Spotify e Apple Podcasts.

Print do mapa interativo do Mekukradjá.
Foto: Divulgação

Mapeamento da memória

Mapa interativo dos povos que participaram dos episódios até o momento.

Fotografia da coletivo indígena LGBT. Um indígena do lado direito com um brinco rosa de pena. Do lado esquerdo escrito 'Precisamos descolonizar o sentido de ser LGBTI+ no Brasil".
Foto: divulgação

Indígenas LGBTs

Movimento pela visibilidade LGBTQI dentro do Movimento Indígena. É uma mídia social criada com o objetivo de propiciar o debate acerca da temática, busca o fortalecimento da causa e a disseminação de informação.
E falando em sexualidade, a psicóloga Geni Núñez utiliza seu instagram para compartilhar reflexões sobre este assunto além de abordar questões como a monogamia (ou não-monogamia), gênero e racismo. Vale a pena seguir!

Para concluir, as lives do Abril Indígena realizadas pela rádio Yandê ficarão disponíveis abaixo e você poderá acessá-las através dos links. Aproveite!

Identidades indígenas: o racismo e preconceito que enfrentamos. Disponível AQUI

O Indígena e a cidade. Disponível AQUI

Demarcação Já!: a luta pelo território. Disponível AQUI

Arte Indígena contemporânea. Disponível AQUI

Educação escolar indígena. Disponível AQUI

Indígenas na Universidade. Disponível AQUI

Mulheres indígenas 1: feminicídio e violência contra a mulher indígena, machismo. Disponível AQUI

Mulheres indígenas 2: sexualidade, parto, saúde, economia, vida criativa. Disponível AQUI

Indígenas LGBT. Disponível AQUI

Saúde Indígena em tempos de pandemia. Disponível AQUI

Música Indígena. Disponível AQUI

Línguas indígenas. Disponível AQUI

Antropólogos indígenas. Disponível AQUI

Desafios dos indigenismo: o que esperamos. Disponível AQUI

Economia indígena: red money. Disponível AQUI

Cinema indígena. Disponível AQUI

Cosmovisões, histórias, conhecimento e filosofia indígena. Disponível AQUI

Dia do Índio: a urgência da descolonização. Disponível AQUI

Políticas indigenistas e a omissão do estado brasileiro. Disponível AQUI:

Povos indígenas e a ditadura militar. Disponível AQUI

Literatura indígena. Disponível AQUI

Suicídio e saúde mental dos povos indígenas. Disponível AQUI

Culturas indígenas: resistência, sobrevivência e fortalecimento. Disponível AQUI

Espiritualidades, autoconhecimento e cura. Disponível AQUI

Medicinas indígenas: globalização e comercialização. Disponível AQUI

Segurança e diversidade alimentar indígena. Disponível AQUI

Apropriação cultural: um debate contemporâneo. Disponível AQUI

Movimento indígena e diversidade. Disponível AQUI








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