Por Letícia Rocha Portela*
Nesta quarta-feira, 15 de dezembro de 2021, morre a escritora e ativista negra bell hooks. Ela já estava doente há algum tempo e faleceu em sua casa, em Berea, acompanhada por parentes e amigos, o que foi comunicado à imprensa por sua sobrinha, Ebony Motley. Além de uma importante autora, ela também era professora e uma intelectual norte-americana.
A escritora nasceu em 25 de setembro de 1952, em Hopkinsville, Kentucky, em uma família numerosa. Sua carreira como escritora começou, oficialmente, em 1981, ano em que publicou o livro “E eu não sou uma mulher? Mulheres negras e feminismo”. Bell hooks sofreu com a segregação racial durante sua infância e ao longo de sua trajetória, publicou mais de 40 livros, tratando de temáticas extremamente importantes como papéis de gênero, feminismo, racismo, cultura, amor e espiritualidade.
Além disso, bell hooks era mestre em Língua Inglesa pela Universidade de Stanford e doutora em Literatura pela Universidade de Winsconsin. No ano de 2004, volta ao seu estado natal para lecionar na Universidade de Berea e em 2010, a instituição cria em sua homenagem o Instituto bell hooks, o qual possui um grande acervo de arte afro-americana e que já foi visitado por diversas feministas importantes. Beel hooks morre aos 69 anos, deixando um imenso legado, que foi construído por uma trajetória de luta não só na acadêmia, mas também na sociedade, através de sua literatura.
*Letícia Rocha Portela é bolsista do NuCA/SIPAD e estudante de Letras Português/Espanhol na UFPR