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5 de maio – Dia Mundial do Meio Ambiente: Vida à Pachamama!

Por Victória Rodrigues

Hoje, 5 de Junho, é o Dia Mundial do Meio Ambiente. A data foi definida pela recomendação da Conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o tema que aconteceu entre 5 a 16 de junho de 1972, sendo a primeira grande reunião dos chefes de estado para tratar dos impactos ambientais.
No Brasil, o Decreto Federal 86.028/81, de Maio de 1981, estabeleceu a promoção da Semana Nacional do Meio Ambiente, no período de 01 a 05 de junho, em todo território nacional, para a conscientização  dos problemas que causamos no ambiente. Desse modo, elenco aqui algumas ações que têm prejudicado o estabelecimento de uma relação de simetria e cuidado com o ambiente em que vivemos.

Design: Peça gráfica sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente. Em fundo marrom, há no centro uma árvore com ramos em formato de pulmões, ao fundo dessa árvore há três círculos que aumentam de tamanho, um laranja, um verde mais claro e outro verde escuro. Na parte superior está a seguinte frase: "Dia Mundial do Meio Ambiente" e na parte inferior "5 de junho". Do lado direito inferior, a logo da SIPAD.
Arte: Beatriz Vieira

As pesquisas científicas demonstram que, historicamente, no primeiro trimestre de cada ano há   baixos níveis de desmatamento na Amazônia, em decorrência das chuvas fortes que ocorre na região. O que dificulta a propagação de focos de incêndios e as operações de desmate. Contudo, em 2020, nem as chuvas impediram o avanço do desmatamento na chamada ‘Amazônia Legal’. Entre os meses de janeiro e março, os desmatamentos alcançaram o recorde para o período, de 796,08 km²; equivalentes a 80 mil campos de futebol. De acordo com os alertas do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o aumento é de mais de 50% em cinco anos.
Os povos indígenas na região têm sido grandemente afetados com essas ações e com as políticas do governo federal que tem legitimado diferentes modos de expropriação territoriais.  Assim como, tem incentivado a invasão de terras indígenas por garimpeiros e por  madeireiras que  seguem invadindo, promovendo a contaminação da COVID-19 e a exploração desenfreada dos recursos naturais.

Além disso, os altos índices de gás carbônico na atmosfera produzidos pelas indústrias e pelos produtos feitos em um sistema econômico capitalista predador provocou o aumento no  aquecimento da terra e dos mares. Pesquisas feitas nas camadas de gelo da Groenlândia e da Antártica, monitoradas por satélites, revelaram que as regiões árticas estão perdendo gelo seis vezes mais rápido do que na década passada. Se medidas globais não forem tomadas e aderidas por todas as nações, o derretimento continuará e diversas regiões litorâneas estarão na iminência de serem alagadas. Pois, conforme o quadro do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), a previsão é de um aumento de 17 centímetros do nível do mar até 2100.
O derretimento das geleiras nas regiões árticas causadas pelo aquecimento dos mares implica no branqueamento dos corais, bem como no aumento da acidificação dos oceanos, por conta do excesso de dióxido de carbono. Tais fatores colocam em risco a existência desses ecossistemas. Outros agravadores da extinção dos corais são também o desenvolvimento costeiro, a poluição dos mares e a pesca indiscriminada.

“A conservação ambiental das Terras Indígenas é uma estratégia de ocupação territorial estabelecida pelos povos indígenas. Os povos indígenas ajudam a ampliar a diversidade da fauna e da flora local porque têm formas únicas de viver e ocupar um lugar” (fonte).
Outro grande fator que colabora para o desmatamento é o agronegócio. Este tem o objetivo de  desmatar a vegetação para abrir campos de pastagem ou lavoura. Com isso, o solo se esgota rapidamente e implica na busca por novos territórios.  Segundo relatórios da FAO de 2016 entre 1990 e 2005, 71% do desmatamento na América do Sul foi motivado pela demanda por pastos. No Brasil, chega a 80%. Pelo crescimento do agronegócio, o cerrado das regiões centro-oeste e sudeste registra devastação em 51% de sua área. Diferentemente da Amazônia, o cerrado não conta com leis específicas de proteção, gerando vulnerabilidade destas regiões.  

“Os recifes de coral mantêm estáveis nossos suprimentos alimentares e produzem compostos para encontrar soluções em medicamentos para o câncer, doenças cardíacas e HIV. Quando garantimos a preservação dos recifes, garantimos também o futuro dos humanos”, explica Mark Spalding, cientista marinho sênior da TNC e principal autor do relatório” (fonte).
As mudanças climáticas que acometeram o planeta no último século e nas duas primeiras décadas do século XXI chama a atenção para revermos nossas ações em relação ao cuidado com a Terra. Tal cuidado deve ser considerado pauta política fundamental no sentido de promover a mútua convivência entre as e os habitantes da terra, “humanos e não humanos”, em íntima conexão. A implementação de medidas governamentais para a proteção e a adequada convivência com a Pachamama é fundamental para a continuidade da vida de todos os seres que habitam a terra.

Este é “o desejo urgente dos povos de todo o mundo e um dever de todos os governos.” – Declaração de Estocolmo.

Supervisão: Judit Gomes

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